Policiais de vários estados já tinham ocupado o Salão Verde da Casa.
Eles cobram votação de proposta que cria piso salarial nacional.
Eles cobram votação de proposta que cria piso salarial nacional.
Policiais militares, civis e bombeiros de vários
estados que já tinham ocupado o Salão Verde da Câmara dos Deputados em
manifestação pela votação da PEC 300, que cria um piso nacional para a categoria,
invadiram o plenário da Casa no final da tarde desta terça-feira (20).
Assim que ocorreu a invasão, o deputado Simão
Sessim (PP-RJ), que presidia a sessão, encerrou os trabalhos. Parte dos
manifestantes se sentou nas poltronas reservadas aos parlamantares.
Em seguida, o presidente Henrique Eduardo Alves
assumiu o comando da mesa e fez um apelo para que os manifestantes deixassem o
plenário. Ele propôs criar um grupo de trabalho para discutir até 16 de
setembro a proposta de emenda constitucional. Ao final do trabalho desse grupo,
a Câmara decidiria se leva a proposta à votação em segundo turno.
Alves se irritou com as manifestações em plenário
e ameaçou retirar a proposta de criação do grupo de trabalho. Mesmo assim, os
policiais permaneceram no plenário.
"Esse tipo de comportamento não é
respeitoso, nem democrático”, disse Alves. “Estou falando a pessoas sérias e
responsáveis. Faço apelo a deputados que se dizem representantes dessa classe,
porque eu não vou pautar essa matéria [...]. Faço apelo pela retirada dos
senhores de forma educada e respeitosa”, disse.
Depois, deputados com vínculo com a categoria
passaram a pedir aos manifestantes que deixassem o plenário.
Estudantes de medicina e de outras profissões da
área de saúde que prostestavam contra e a favor dos vetos ao projeto do Ato
Médico aproveitaram o tumulto para também entrar no plenário, mas se mantiveram
ao fundo do recinto.
Cerca de 20 minutos depois de iniciado o tumulto,
a maioria dos manifestantes já tinha deixado o plenário.
Henrique Alves disse ter ficado “surpreso” com a
invasão do plenário. Ele disse que entende o “emocionalismo” dos policiais, mas
afirmou que as dificuldades da categoria não justificam a medida. “Não é desse
jeito que se convence o plenário a votar”, declarou.
“Eu me surpreendi com essa atitude que não
engrandece, não ajuda o entendimento de nenhum voto dos parlamentares”, disse.
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