Concurseiros x Carnaval
Todo inicio de ano é a mesma
coisa na vida daqueles que se preparam para os concursos públicos: muita
expectativa e indecisão na hora de escolher para qual concurso estudar, dias e
dias planejando a melhor forma de colocar esse estudo em prática e, sobretudo,
conseguir avocar para si, muita determinação e motivação para levar o tal
planejamento a sério, pois as distrações só se multiplicam nessa temporada
tumultuada de eventos, que ocorrem quase simultaneamente entre festas e
comemorações (Natal, ano novo, carnaval).
Dentre essas, destaco, por
exemplo, a tradicional festa de Momo, popularmente conhecida como “carnaval”,
onde é apenas um gênero diante de várias outras espécies como o Zé-Pereira,
frevo, micareta, entre outras. Portanto, diversão garantida para todos os
gostos culturais, idades, sexo e classes sociais.
Para o concurseiro, essa época de
diversão se transforma em um verdadeiro dilema no melhor estilo shakespeariano:
vou ou não vou? Estudo ou não estudo? Esta é a questão, ou melhor, a dúvida que
surge puxada pelos blocos: “Larga os livros e vamos cair na folia” e “Atrás do
trio elétrico só vai quem já passou”, parafraseando o título da música do
cantor baiano, Caetano Veloso. Isso sem falar na questão das cobranças
familiares, quando o concurseiro resolve dar umas voltinhas para relaxar. Sendo
que essas cobranças quase sempre são pronunciadas em tom irônico, do tipo:
“você não sabe se estuda ou ‘pula’ carnaval!”. Sinceramente, ninguém merece
ouvir isso!
Para aqueles concurseiros que
definitivamente não participam da folia de momo e que só gostariam de
aproveitar o feriadão para dar uma esticada no estudo, com ou sem edital, a
situação também é um pouco complicada (dependendo da região onde mora), pois
existe a questão da pressão dos amigos, namorado(a), as bibliotecas fechadas, a
vizinhança que resolve promover bailes na rua, trio elétrico para todo lado e
tantos outros entraves, que a única opção é cantar: “Daqui não saio! Daqui
ninguém me tira!”.
Diante desse baile de dúvidas,
temos o seguinte quadro:
1. Concurseiro estudando sem edital publicado – Nesse caso poderia
abusar um pouco da diversão e até mesmo viajar para recarregar as baterias,
desde que essa pausa não demore mais do que três dias (todos sabem como é
difícil pegar o embalo novamente, depois de um tempo afastado dos livros);
2. Concurseiro estudando com edital publicado – Infelizmente nessa
situação qualquer tempo é valioso, ainda mais quando o candidato trabalha e
utiliza o horário vago para estudar. Portanto, um feriadão de três a quatro
dias é sempre muito bem-vindo. Além disso, se hoje você está no “Bloco “100%
estudando”, no próximo ano com toda certeza sairá no “Bloco dos empossados”.
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