PMs suspeitos de matar jovem em abordagem vão para presídio militar
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Martins
Policiais disseram que rapazes reagiram em ação na Zona Norte de SP.
Ônibus foram incendiados na região em protesto contra morte de jovem.
Ônibus foram incendiados na região em protesto contra morte de jovem.
Os seis policiais militares suspeitos de matar um
jovem e de atirar em outro na região do Parque Edu Chaves, na Zona Norte de São Paulo,
neste domingo (9), foram levados para o Presídio Militar Romão Gomes. Os PMs
afirmam que os rapazes reagiram a uma abordagem policial. Em protesto contra a
morte do jovem, dois ônibus foram incendiados na região. Duas pessoas não
conseguiram sair de dentro de um deles e morreram queimadas.
De acordo com o coronel Audi Felix, os PMs foram
detidos porque testemunhas da abordagem contaram versões diferentes das
apresentadas pelos policiais. Eles foram presos em flagrante por suspeita de
homicídio e tentativa de homicídio.
Duas equipes participaram da ação. A primeira
abordou os dois suspeitos e, segundo Félix, fez os disparos que mataram Maicon
Rodrigues de Moraes, de 16 anos. Depois, a outra equipe chegou ao local. Entre
os PMs detidos, estão um tenente, um sargento, três soldados e um cabo.
A abordagem dos PMs teria gerado revolta dos
moradores, o que pode ter ocasionado o ataque a um ônibus, na região do Parque
Edu Chaves. Segundo a PM, um grupo jogou combustível e ateou fogo no veículo, o
que causou a morte de dois passageiros, que não conseguiram descer. Pouco antes
das 11h deste domingo (9), um segundo coletivo foi incendiado a cerca de 500 metros do local.
Por causa desses dois ataques, sete
pessoas também foram presas nesta tarde, informou o Delegado da Seccional
Norte, Cosmo Stikovics Filho. Alguns deles ficaram queimados e precisaram ser
socorridos a hospitais da região.
Em relação à abordagem que causou a prisão dos
seis PMs, o coronel Félix disse que chegaram testemunhas com uma nova versão
dos fatos. "Cabe ao delegado entender. E ele entendeu, dentro das
convicções dele, que é o caso de fazer autuação em flagrante e delito”,
explicou Félix. “Há contradição com o relato dos policiais militares. Eles são
firmes em dizer que no momento do confronto não havia ninguém na via pública,
mas tudo isso vai ser apurado”, complementou.
Em nota, a Polícia Militar informou que os
policiais solicitaram aos dois suspeitos que deixassem o veículo em que
estavam. Segundo a PM, eles desceram atirando e houve troca de tiros. Porém, a
mãe do outro rapaz baleado que sobreviveu, Walterley Marques da Silva Junior,
de 18 anos, afirmou que o rapaz “nunca andou armado”. Segundo ela, ele teve uma
passagem por porte de drogas há dois anos.
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